quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Acampamento anual da Leswork reúne comunidade lésbica
Góis recebe quinta-feira o acampamento anual de mulheres onde os 'meninos' estão proibidos de entrar.
Os homens hetero, homo e bissexuais frequentam sítios onde as 'meninas' não entram e, por isso, a rede Leswork vê com naturalidade a organização de um acampamento que veda a entrada ao sexo masculino .
A Leswork (junção das palavras lesbian e network), atualmente com 700 membros, "é uma rede fechada, aberta apenas à participação feminina, sendo que as nossas participantes são sobretudo lésbicas e bissexuais", o que não quer dizer que a iniciativa seja fechada a heterossexuais, explicou à agência Lusa Cláudia Borralho, criadora desta rede virtual (com página no Facebook).
"Na verdade, todas as raparigas são bem-vindas, mas uma heterossexual não terá grande interesse porque aquelas pessoas que vão lá querem conhecer amigas com a mesma orientação sexual, as mesmas questões, os mesmos problemas", realça.
O acampamento anual da Leswork (que já organizou uma iniciativa semelhante no ano passado e foi também responsável pelas duas festas Lesboa já feitas em Lisboa) vai realizar-se de quinta-feira a domingo, em Góis, com duas dezenas de participantes inscritas.
Oportunidade para socializar, mas também para aprender
O acampamento pretende "trazer as pessoas para fora da Internet", pondo "pessoas de vários pontos do país em contacto umas com as outras", tendo como objetivo "sobretudo divertir a malta", mas também com "uma vertente didática", incluindo "perguntas sobre o movimento LGBT [lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros], sobre as associações que existem em Portugal", refere Cláudia Borralho.
"Há uma preocupação em dar informação também, sem ser maçudo, sem ser cansativo", acrescenta. Cláudia Borralho criou a rede porque considerava - e continua a considerar - que "existem poucos espaços físicos, e mesmo virtuais, dirigidos apenas a raparigas, apenas a este público específico cuja orientação sexual seja bissexual ou lésbica".
Leswork quer mais locais destinados à comunidade lésbica
"Eu moro perto do 'Elefante Branco'. Se eu quiser entrar no 'Elefante Branco', eu só entro de duas formas, ou como empregada da limpeza ou como stripper. Os homens têm espaços físicos onde só eles entram e isso é aceitável. Nós não questionamos isso, não vou forçar a minha entrada num espaço como o 'Elefante Branco'. Os homens gays, por exemplo, têm saunas onde nós não podemos entrar, (...), têm quartos escuros onde nós não podemos entrar. As lésbicas, as mulheres, não têm um espaço físico onde se encontrar", compara.
A Leswork tenta "colmatar um pouquinho essa falha" com a consciência de estar a dar um "pequeno passo", porque "ainda é um pouco cedo para Portugal" em matéria de defesa de direitos relacionados com a orientação sexual, considera Cláudia Borralho.
"As mulheres são discriminadas, mas é importante notar que muitas delas também se discriminam, elas aceitam essa discriminação como uma coisa normal", sublinha, apontando: "Antes de sermos lésbicas ou bissexuais ou heterossexuais somos mulheres, e antes de sermos mulheres somos seres humanos, isso é o que nos une".
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Sou Sonja McDonell, Stewardess, 23, muito tierno com muitas fantasias durante casos de emergência no meu trabalho maravilhoso. Eu vivo na Suíça perto do aeroporto internacional de Zürich. O amor entre meninas e mulheres não é apenas sexo, é a pura ternura. O primeiro prazer lésbico é sempre um marco na vida de uma menina e muitas vezes com grandes diferenças de idade em alguns países da América do Sul. Procuro mais experiências em minhas 13 cidades ultramarinas e também em minhas férias.
ResponderExcluirCom amor
sonjamcdonell@yahoo.com