quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Câmara quer veto de Kassab a Dia do Hétero


Após reunião com grupo LGBT ontem, líderes de partidos tentarão convencer prefeito a derrubar lei.


Líderes partidários da Câmara de Vereadores tentarão se reunir ainda hoje com o prefeito Gilberto Kassab para pedir o veto dele ao projeto de lei aprovado na semana passada que cria o Dia do Orgulho Heterossexual.
A decisão foi tomada ontem após reunião com representantes LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros), o líder do PT, Ítalo Cardoso, do PSDB, Floriano Pesaro, e o presidente da Câmara, José Police Neto (sem partido) A proposta, de Carlos Apolinário (DEM), foi simbólica. Quando isso acontece, não há voto nominal (individual) e quem conduz a sessão apenas pergunta ao plenário: "Os que estiverem de acordo, permaneçam como estão". Muitos projetos são aprovados dessa forma, pois simplesmente os vereadores estão conversando uns com os outros, com assessores ou mesmo com jornalistas.
Faltou combinar antes
O único "problema" é que Kassab já disse não ver problema algum com a sanção. Até ontem à noite ele não havia sido informado da intenção dos vereadores de se reunirem com ele e pedir o veto, segundo sua assessoria.
Cardoso, do PT, disse que Kassab deve refletir a respeito. "O prefeito pessoalmente pode achar que não tem problema, porém, tentaremos fazê-lo refletir e não decidir pela sua vontade pessoal, e sim pela da sociedade", disse.
Os vereadores também querem criar um projeto que pune a homofobia na capital.
Alckmin diz em programa de TV que data é ridícula
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse ontem, em entrevista ao programa de Hebe Camargo, na Rede TV!, que é favorável à união civil de homossexuais e chamou de "ridículo" o Dia do Orgulho Heterossexual, projeto do vereador Carlos Apolinário (DEM) aprovado pela Câmara da capital paulista na terça-feira passada. "[O Dia do Orgulho Heterossexual] É ridículo. Você faz isso para defender uma minoria que está discriminada, perseguida, correndo risco. O heterossexual não está sendo perseguido nem discriminado, não corre risco. Não tem o menor sentido", disse Alckmin. "Sou favorável à união civil de homossexuais porque são direitos civis. A sociedade moderna garante direitos civis, independentemente de cor, raça ou orientação social. Sou totalmente favorável", disse.

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