quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Maior ONG Gay do mundo se torna membro consultivo da ONU


A ILGA – International Lesbian and Gay Association, com sede na Europa e que abarca entre seus sócios 670 organizações de 110 países, teve seu estado de membro consultivo aprovado pela Organização das Nações Unidas. Mesmo com campanha contra promovida por países africanos e islâmicos, a entidade que luta pelos direitos dos Homossexuais recebeu 29 votos favoráveis na reunião Conselho Econômico e Social. Outros 14 votos foram contra a entrada da entidade ao seleto grupo que pode participar e fomentar as discussões com documentos.

Há mais de uma década a ILGA fez seu pedido para o status consultivo, que lhe dá direito a participar, se pronunciar e fornecer informações oficialmente, como fonte da ONU, e ainda participar de reuniões do Conselho de Direitos Humanos. No mês passado, o conselho aprovou um inédito manifesto contra a homofobia crescente no mundo e incluiu a condenação da discriminação por orientação sexual.
Com grande número de países contra a Homossexualidade, a ONU tem dificuldade de abordar o tema em suas reuniões. Em julho do ano passado, a ONU concedeu status de organização de caráter consultivo a uma organização não governamental em prol dos direitos LGBTs. A Comissão Internacional de Direitos Humanos de Gays e Lésbicas - IGLHRC - entrou com o pedido para ingressar entre as mais de 300 ONGs e pleitear os interesses de suas organizações, em 2007.

A entrada histórica da ILGA e o recente relatório sobre a homofobia no mundo, e claro a histórica inclusão da discriminação por orientação sexual em um documento são bons passos para que a entidade finalmente aprove a inclusão da livre orientação sexual como direito humano.
O tema que vem sendo rejeitado há quase uma década. Uma resolução que pede o fim da criminalização da Homossexualidade já chegou a ser apresentada pelo Brasil, durante o governo Lula, mas foi retirada de pauta após pressão interna e externa. Atualmente quem propõe a medida é a França.

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